Se eu aumentar a equipe de um serviço, o custo aumenta?
- Orlando Poci
- 13 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Essa dúvida é corriqueira no dia a dia dos profissionais que atuam em planejamento de projetos. Principalmente se eles planejam utilizando composição de custo unitário.
A chave da resposta para esta pergunta está na diferença conceitual entre trabalho e duração.
Vamos diferenciar esses conceitos através de um exemplo prático:

Fonte: SINAPI
Vamos supor que precisemos pintar 1.000 m² de parede. Com os dados que temos, podemos calcular a quantidade de horas de cada recurso de mão de obra, já que o coeficiente é a quantidade de horas que cada recurso gasta para realizar uma unidade do serviço (h/m²).
Pintor = 1.000 m² x 0,13 m²/h = 130 horas
Servente = 1.000 m² x 0,048 m²/h = 48 horas
Serão necessárias 130 horas de pintor e 48 horas de servente para pintar 1.000 m² de parede. O que fizemos foi calcular o chamado trabalho, que é o esforço de cada recurso para cumprir aquela quantidade da tarefa.
Se multiplicarmos a quantidade de horas de cada recurso (índice físico) pelo respectivo valor da hora (índice financeiro) teremos o custo de cada recurso para realizar a tarefa.
E quanto a duração? Notem: o trabalho não é a duração. Trabalho é o esforço. Duração é quantidade de tempo necessário para realizar a tarefa.
Para o cálculo da duração, elegemos o recurso principal da composição, ou seja, aquele que irá ditar o ritmo da execução. No nosso exemplo, vamos eleger o pintor.
Supondo que eu tenha 2 pintores na minha equipe. Qual seria a duração total da atividade?
A duração é a razão do trabalho pela quantidade de recursos:
Duração = Trabalho / Recursos
No nosso exemplo:
Duração = 130 / 2 = 65 horas.
O que indica que serão necessárias 65 horas para pintar 1.000 m² de parede, pois consideramos dois pintores. Porém o trabalho não mudou. Eu continuo precisando de 130 horas de pintor, logo o custo direto continua o mesmo.
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